Dentro da atuação do Stussi de Vasconcellos Advogados para instituições financeiras cooperativas, particularmente as Cooperativas de Crédito, nos dedicamos à recuperação estratégica de ativos e créditos de forma humanizada, alinhada aos princípios do cooperativismo.
Os valores fundamentais do cooperativismo global, como adesão voluntária, gestão democrática, participação econômica dos membros, autonomia, educação, intercooperação e interesse pela comunidade, são elementos norteadores que, sem abrir mão das práticas comerciais e da segurança jurídica, devem ser honrados. Defendemos a abordagem do ganha-ganha, onde os resultados são compartilhados. Ao se tornar um associado, adquire-se cotas, participa-se das decisões e resultados, visando um crescimento conjunto. Portanto, a inadimplência não é encarada como uma mera transação comercial.
O processo de recuperação de ativos financeiros, especialmente de um cliente inadimplente, é sensível para ambas as partes. Por isso, as Cooperativas estão adotando estratégias cada vez mais humanizadas. Além de compreender o motivo por trás da inadimplência, é crucial ter empatia pela situação, buscando soluções que beneficiem tanto a empresa quanto o associado, sempre respeitando as políticas de crédito da instituição.
A humanização nesse processo cria uma conexão mais forte com o associado, ampliando as chances de um acordo bem-sucedido e uma relação duradoura, desde que não implique em aumento dos riscos das operações.
O contexto da pandemia e da crise global evidenciou a necessidade de uma abordagem mais humanizada na recuperação de ativos, possibilitando negociações sem precedentes. Estratégias de cobrança agressivas têm dado lugar a abordagens alternativas, incluindo o uso de canais digitais. Essa abordagem humanizada vai além do cumprimento das imposições legais; ela implica em afastar práticas abusivas e vexatórias de cobrança, colocando-se no lugar do devedor e compreendendo seu contexto.
É essencial para a cooperativa buscar resultados e segurança no crédito, mas sem perder de vista o aspecto humano do devedor, considerando o relacionamento geral do cliente com a cooperativa. A humanização começa no momento da concessão do crédito, ao filtrar os associados que possuem interesse e condições de cumprir com suas obrigações contratuais.
Naturalmente, associados podem agir de má-fé, o que vai contra os princípios do cooperativismo e deve ser combatido exemplarmente.
Ao priorizar a humanização, é fundamental otimizar o processo, visando a qualidade das interações e a efetivação dos acordos. Isso envolve compreender o perfil do associado, utilizando tecnologia para traçar perfis de devedores e tomar ações específicas.
O enriquecimento cadastral é crucial para o sucesso da estratégia, evitando a exposição do associado com chamadas desnecessárias, atingindo altos índices de Contato com a Pessoa Certa (CPC). O mapeamento de perfis permite direcionar esforços para diferentes cenários, melhorando o resultado da carteira, tanto na atuação extrajudicial quanto judicial.
Esse enfoque visa manter a integridade dos preceitos cooperativistas, respeitando o devedor, buscando uma abordagem humanizada, mas sem renunciar aos meios para efetivação do crédito, seja através de estratégias processuais ou de negociação, utilizando tecnologia a favor da cooperativa para a recuperação de ativos e a restauração do relacionamento com o associado.
Nossos serviços incluem: